Em resposta ao Requerimento nº 177/2025, da Vereadora Andrea Cristina Moreto Gonçalves (PODE), a Prefeitura, por meio da Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Patrícia Albarelo Ribeiro Oliveira, forneceu informações sobre ações da Unidade de Zoonoses no combate à leishmaniose.
No documento, Moreto perguntou quantos animais passaram por procedimento de eutanásia nos últimos cinco anos, especificamente em decorrência da leishmaniose. Em ofício, Oliveira detalhou que em 2021, foram executados 49 procedimentos de eutanásia em cães positivos laboratorialmente para leishmaniose. “Já em 2022, o total foi de 40 procedimentos; em 2023, 53; em 2024, o total foi de 20 e, até a presente data, o número de procedimentos realizados foi 8”, completou.
A Vereadora também questionou, no Requerimento, quais medidas de controle e prevenção da leishmaniose vêm sendo aplicadas pela Unidade de Zoonoses. A resposta foi que a unidade tem intensificado a coleta de material biológico de cães para confecção de exames, possibilitando a identificação precoce de animais positivos para leishmaniose. “Tal intensificação é notável diante dos relatórios anuais do instituto Adolfo Lutz – IAL, onde Jales está sempre entre os municípios com maior número de cães testados, quando não é o município que mais testou cães, dentre todos os municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde - DRS de São José do Rio Preto, do qual fazemos parte”, destacou a Diretora.
Ela acrescentou que outra ação executada, “de enorme relevância para a redução dos índices de transmissão e até mesmo de eutanásia”, é o encoleiramento gratuito de cães positivos para leishmaniose e que apresentam condições de qualidade de vida. “Tal encoleiramento, realizado de maneira inicial para animais de população de baixa renda, [foi] expandido atualmente para toda a população jalesense que possui cão positivo (no exame do IAL)”, informou.
Ainda, Oliveira ressaltou que o trabalho executado pelas equipes de Combate aos Vetores e Endemias e Vigilância Sanitária foi de suma importância, “contribuindo fortemente na redução dos números de cães positivos e eutanasiados, e também mantendo Jales ano após ano sem registro da doença em humanos”.
Outra dúvida de Moreto no Requerimento foi se os moradores recebem orientações sobre cuidados, formas de prevenção e manejo da doença. Em caso afirmativo, quis saber de que maneira essas orientações têm sido realizadas. Oliveira respondeu que os moradores recebem orientações rotineiramente por meio dos agentes de combate às endemias, que abordam, em suas visitas, medidas preventivas voltadas à eliminação de mosquito palha, assim como os cuidados com os cães e os sintomas, orientando sempre a população a procurar a Unidade de Zoonoses em caso de suspeita da doença nos animais.
Também são entregues panfletos com mais informações, de acordo com a Diretora, que também mencionou que em períodos de intensificação são realizadas atividades de orientações nas escolas, assim como são divulgadas nas redes sociais do município todas as medidas que devem ser adotadas em relação ao humano, ao cão e à eliminação do mosquito transmissor.
Por fim, Moreto questionou se há parcerias estabelecidas com outras instituições ou órgãos públicos para intensificar as ações de combate à leishmaniose na cidade. Segundo Oliveira no ofício, sempre houve a parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que auxilia nas orientações aos alunos. “Com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Obras, temos o auxílio para realizar os mutirões de limpeza, que são uma atividade fundamental para que os moradores eliminem de seus quintais o que pode servir de criadouro para o mosquito palha. Em 2025, com a criação do setor de Bem-Estar Animal, temos uma nova parceria, e os veterinários contratados também realizam atividades educativas em nossa rede municipal de ensino”, finalizou Oliveira.
Mais detalhes sobre o Requerimento e a resposta estão disponíveis no link https://jales.siscam.com.br/Documentos/Documento/52942.